Mudas as esferas em seu
percurso
De gelo. Apenas o rasto
de luz efémera
E trajectórias
interditas
Sobre o eixo do Acaso.
Nada de novo. Apenas a
Eternidade
Fria. E as
desconcertantes rotas
A dissolver colapsos
E ancestrais ritos
E pavores antigos.
E a incendiar Templos.
E a povoar Bibliotecas.
Sábios são os homens sem
metafísicas.
Que se cumprem no
silêncio dos desertos.
Sem cartografias.
Nem cálculos.
E atravessam as
tempestades
Dos tempos.
Pagãos e puros.
Manuel Veiga
9 comentários:
"Sábios são os homens sem metafísicas."
Sábios são os homens com metas físicas!
"Sem cartografias"
Abraço, meu caro
(e perdoa-me o trocadilho)
Bom dia:- Poeticamente perfeito. Maravilhoso poema.
.
* De mãos dadas ... Seguimos unidos *
.
Feliz início de semana
Sábios os que nos fazem entender a vida humana como uma possibilidade oferecida aos que "atravessam as tempestades Dos tempos.Pagãos e puros".
Magnífico, meu querido Amigo!
Uma boa semana.
Um beijo.
... e que haja uma luz
efémera que seja!
brilhante, meu amigo Manuel.
beijos.
Perfeito, meu amigo, melhor não podia ser!!
Tudo tão bem escrito em tão poucas linhas. Coisas de poetas...
Sábios são os homens sem metafísicas.
Que se cumprem no silêncio dos desertos.
Sem cartografias.
Nem cálculos.
beijo, ótima semana.
Eis aí amigo Manuel, um poema que nos faz ficar cada vez mais próximo da Poesia. Parabéns, poeta, pelo belíssimo poema.
Um grande abraço
Pedro
Acho que foi Voltaire que disse que a metafísica consistia em procurar num quarto escuro um gato preto que não está lá... Apesar disso, ela, a metafísica, é bastante praticada... Por isso, "sábios são os homens sem metafísicas"...
Excelente poema, parabéns.
Caro Veiga, um bom fim de semana.
Abraço.
Um poema que incendeia, Manuel.
O Poeta não se deteve na filosofia,
a resposta cumpre-a em poesia
Como há-de haver leite e mel
num deserto sem abelhas?,
se dominam gafanhotos travestidos
de metadrones bíblicos?
Sem pecado, culpa e castigo!!!
Abraço.
"Sábios são os homens sem metafísicas...".
Ainda bem que há os poetas que cantam tais virtudes, propalando tais lições de vida! E assim vamos aprendendo a ouvir a palavra essencial.
Um abraço, caro amigo Manuel!
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