Sei deste rio, a borbulhar
por dentro,
Na tarde fria.
E da luz coada na
vidraça
Com Tejo ao fundo…
Nem ontem, nem hoje.
Brilho refulgente em
cada gesto.
E o corpo debruado.
E fogo-fátuo.
E ledo engano.
E incauta glória.
Apenas.
E a memória do cântico
Sob a árvore
Milenária.
E o fruto breve.
E a curva expectante da
tarde.
E a aragem côncava.
Que eterna se enuncia.
E reconforta.
Sempre.
Manuel Veiga
10 comentários:
Lindo! Adorei o poema
Deu-me conforto no coração.
Obrigada
Beijinhos
E eu fiquei a saber também!
Abraço
Olá, caro Manuel
Há algo de eterno no ambiente que nos rodeia e amamos, reconfortando-nos quando nos deparamos com aqueloutras coisas efêmeras e das quais não conseguimos desfrutar pelo tempo que desejaríamos.
Um grande abraço.
Olinda
Boa tarde Manuel,
Memórias e gestos que o Poeta tão bem esculpe neste belíssimo poema.
Gostei imenso.
Um beijinho.
Ailime
Caro amigo Manuel,
Aqui a poesia não para de borbulhar. E quando se tem uma "aragem côncava", "eterna", reconfortando, a vida fica mais leve?. Pressinto algo para além da "memória dos gestos", dos atos, das emoções...
Um forte abraço,
O poema é belo e as palavras dançam...
Beijo
Tão belo... Adorei :))
Hoje:- Olha o meu corpo, e delicia-te.
Bjos
Votos de uma óptima Terça - Feira
Colho um olhar expectante e a "memória do cântico sob a árvore Milenária". Somos o que colhemos, não é?
Na verdade, o poema permite uma enorme divagação em tom reconfortante. E é belíssimo.
Beijo, meu amigo Manuel.
Muitas adições em camadas de percepções, um E que junta-se a outro, e assim quase uma salada sensorial. Bonito o poema, Manuel, um abraço.
Amigo Manuel, este seu poema deu-me grande satisfação em lê-lo, bela obra poética, no gesto amigo do poeta ao doar-se. Parabéns.
Grande abraço.
Pedro
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