Assento meus passos nas
raízes
Que talham meu porte
E prossigo
Minha sede
É murmúrio das
nascentes
E calor de solstícios
Por vezes me detenho. Nas
margens
E no encantamento das
paisagens
E demoro-me
Na lágrima. Que
inesperada
Faço minha. E bebo em tremura
De lábios gretados.
Sou onde me fixo. E os
ventos
Me levam. Precários são
meus gestos
E serenos meus caminhos.
Manuel Veiga
9 comentários:
A beleza da poesia permanece!
Abraço
caro Manuel, podem ser precários os gestos, mas as raízes são profundas. E a poesia vigorosa e sedutora. O lirismo se derrama em cada verso.
Um abraço, caro poeta!
Manuel, adorei o poema cheio de emoções e simbolismo, carregado de sentimentos.
Obrigada pela linda partilha <3
Beijinho
Convido-o a ler o último capítulo de "Um Oceano entre nós"
Espero que goste :*
Precários os gestos num porte altivo de coerência e de luta ("faço minha a lágrima inesperada"). Só assim os caminhos te são serenos.
Este é um poema que te define: de raiz e de sede.
Beijo, caro amigo Manuel Veiga.
Bom dia. Excelente, o seu poema. Adorei :))
Hoje:- És o fogo que arde no meu corpo desnudado
Bjos
Votos de uma óptima Sexta-Feira.
Da transitoriedade, numa invulgar beleza metafórica.
Beijo
Meu amigo Manuel, seus versos têm uma peculiaridade inconfundível: a força, a profundidade. E além disso, sempre belos!
Sou onde me fixo. E os ventos
Me levam. Precários são meus gestos
E serenos meus caminhos.
Beijos!
Como sereno é este excelente poema.
Gostei imenso, parabéns.
Caro Veiga, um bom fim de semana.
Abraço.
Na medida certa, sem dúvida. Um belo poema por aqui, acompanhado da notícia. Ouvi esta manhã.
Abraço.
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