A voz dos poetas é
património
Dos deuses que generosos
a concedem
Aqueles que elegem em
capricho de vontade.
Nem feros corações, nem
anjos negros
A podem diminuir ou dela
colher
Vingança ou vaidade…
A voz dos poetas arde em
chama
De luz branca. E queima
como estigma.
E delicada flor se eleva
em rebeldia
E amorosa dádiva.
Assim todas as humanas
criaturas
Possam compreender seus
silêncios
E a humaníssima dor que
se acolhe
Em sua pulsão de
liberdade.
Manuel Veiga
11 comentários:
Boa noite. Mais um fascinante poema. Parabéns :))
Hoje:- Silêncio, em sentimento profundo.
Bjos
Votos de uma óptima noite.
Adorei!
Poema fantástico, intenso, mítico, cheio de sensibilidade e qualidade poética.
Beijinho
Brilhante criação, amigo Manuel! Teu poema é "uma delicada flor que se eleva".
E a chama poética nunca te falta. Parabéns.
Beijo.
A voz dos poetas é delicada.
As palavras escolhidas com cuidado
A alma dita e por isso exposta
Realmente, a poesia é a alma do poeta, toda a ideia dita de uma maneira sóbria, elegante e sensível. Tanto as alegrias como tristezas e misérias do mundo são cantadas num tom perfeito que circunda e revela-se em cada verso. A natureza, o amor, a amizade são homenageados em versos singulares.
Aplausos, meu amigo!
Beijo
Uma poesia que é ela própria a usufruir do seu hino!
Tens razão. Que não toquem na chama que acendem versos que nascem não sei donde e porquê.Estados de alma que se abrem em dádiva nas palavras que se soltam da prisão, em rebeldia.
E bendito sejas por nos ofereceres tão encantadora poesia!
Beijo, Manuel
Um património de que beneficiamos.
E benditos os deuses que assim o
determinaram. E que essa voz
consiga elevar-se em rebeldia
sempre que a liberdade estiver
em perigo.
Abraço
Olinda
E não há poesia sem liberdade (interior).
Excelente poema, gostei imenso.
Caro Veiga, um bom fim de semana.
Abraço.
Benditos versos das vozes dos poetas e das certezas que trazem "nas mãos" como uma nuvem no céu, mas é dentro dele, do poeta, que queima a angústia de "ser".
Muito agradecido pelas generosas palavras no blogue da Ana Freire.
Um bom final de poeta, meu caro poeta!
Um abraço,
São muitas as razões pelas quais escrevem os que escrevem, e a necessidade da escrita é tão subjetiva, algumas vezes, penso eu, pode conter, sim, um tanto de vingança, inclusive, e principalmente vaidade, afinal os poetas esperam ser apreciados pelo que dizem suas mãos, são elas, as palavras, que nos representam, ainda que, nem sempre, nos definam. Um abraço.
Ao Poeta nada o demove de exercer a sua liberdade (que é uma pena) no exercício sagrado de inspiração que lhe vem de dentro. Afinal há uma motivação mitológica de deuses e musas a que não pode escapar.
Muito bom, Manuel Veiga.
Abraço.
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