Em mar de sargaços
Sacudo meus presságios.
E reinvento o sentido
De meus passos.
Que meu relógio é de
badalo!
E lembra apenas horas
faustas
Que, outras, não quero.
Nem meu nome é coito
De insídias, nem pasto de
perfídias.
Nem meu corpo é cacilheiro.
Porém, navio de
corsário…
Parto. E passo!
De alto – que nada
renego.
Nem dou trocado.
Nem vendo.
Que se soltem pois os
ventos.
Que ventos, não temo.
Nem as Fúrias
Que os dizem!...
Manuel Veiga
13/04/2019
9 comentários:
Gostei bastante :))
Hoje:-"A carta" - a esperança é a minha única salvação. {Poetizando e Encantado}
Bjos
Votos de um óptimo fim-de-semana.
E assim seja!
E assim o poeta desencrava o navio e faz-se ao largo.
E Zeca Afonso tão presente a reinventar o sentido dos passos.
Canta-se Abril.
Beijo, Manuel Veiga.
Tão belo!
«De nada renego».
Beijo meu
Boa tarde Manuel,
Um poema magnífico!
Que se soltem os ventos para que a poesia continue a emanar da alma do Poeta!
Beijinhos e boa.
Ailime
MANUEL,
Que se soltem pois os ventos.
Que ventos, não temo.
Muito show, meu amigo, é o que falei no poema acima, inquietação! Que venha ventanias.
Beijo, ótima semana!
Bom. Sem reserva ou omissão, dito ficou como o Poeta não se tolhe perante a adversidade. Com ritmo e musicalidade.
Abraço, caro Manuel Veiga.
Tudo dito, com as letras todas, sem peias. Dizer o que há para dizer nesta forma poética é admirável. Se tivesse que escolher uma passagem seria esta:
Nem meu nome é coito
De insídias, nem pasto de perfídias.
Nem meu corpo é cacilheiro.
Porém navio de corsário...
De velas desfraldadas ao vento, acrescentaria eu.
Abraço
Olinda
P.S.
Caro Manuel Veiga
Envio o meu e-mail para se falar sobre a formação do tal grupo relacionado com as "leituras" abordadas no "xaile de seda".
olinda.melo.12@gmail.com
Um belo poema... que nos oferece um aroma de liberdade, resiliência... e desafio... tão próprios de Abril... com a escolha musical perfeita... pois também Zeca Afonso e Abril... serão sempre indissociáveis!...
Gostei imenso, Manuel! Belíssimo post!
Beijinho!
Ana
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