quinta-feira, junho 13, 2019

JARDINS DE BABILÓNIA ...


Nos céus de Babilónia um jardim
Habitado. Secretos apenas os nomes
E os rios. E a linha das mãos.
E o alvoroço.

E a líquida ternura
Onde repousa tresmalhado melro
E o festivo cântico.

E a delicada flor. E a pétala
A tombar no rosto. E o perfume
Que se insinua.

E a urgência
Da hora que passa…


Manuel Veiga


10 comentários:

Ailime disse...

Belos estes jardins poéticos da Babilónia.
Gostei imenso deste poema tão ao seu jeito.
Um beijinho.
Ailime

Jaime Portela disse...

Um poema soberbo.
Parabéns pela excelência das palavras.
Caro Veiga, continuação de boa semana.
Abraço.

Elvira Carvalho disse...

Um belo poema.
Abraço

Genny Xavier disse...

O poema meu deu sensação de alegria, de luz e frescor...não sei se pelas flores a exalar perfumes, ou pelas águas onde nadam os peixes...pois é, como se emerge uma paisagem bucólica e mítica...

Bom final de semana, poeta!
Beijo,
Genny

Olinda Melo disse...


Jardins suspensos, míticos e misteriosos, lugar ideal
para esta ternura imensa em que o Poeta nos envolve.

Poema inspirador e belo, caro Manuel Veiga.

Abraço

Olinda

Larissa Santos disse...

Muito bom:))

Hoje:-Criança... a vida inteira... [Poetizando e Encantado]

Bjos
Votos de uma óptima Sexta-Feira.

Larissa Santos disse...

Mais um excelente poema:))

Hoje:-Criança... a vida inteira... [Poetizando e Encantado]

Bjos
Votos de uma óptima Sexta-Feira.

Teresa Durães disse...

Apesar de toda essa delicadeza, esse perfume, há uma inquietação. Nunca estamos contentes.

Emília Pinto disse...

" E a hora passa " e depressa, Manuel, como se fossem só segundos a passarem ainda com mais urgência. Mas há sempre tempo de olharmos os jardins,; não precisa de ser os da Babilónia os tais ditos suspensos e maravilhosos, pois temos outros à nossa porta, em nossas casas ou ao virar a esquina; não os olhamos sequer e não sentimos o perfume que vem das suas flores nem sengimos o perfume que vem das suas flores . Urgências inexplicáveis nos fazem correr e, pensando bem...correr para onde? Correr para quê? Para sermos obrigados a parar logo ali na frente. Sabes, Manuel, ha um melro lindo que há tempos vem à minha varanda bicar os meus vasos de flores; não lhe dou muita atenção e sabes o que me acontece? Pouco tempo depois sou obrigada a parar, pegar na vassoura e limpar toda a terra que ele espalhou pelo chão. Depois de ler o teu poema pensei nele e no que ele quererá ensinar-me; vou deixar de me zangar com ele, prometo! Um beijinho, caro amigo e um bom fim de semana
Emilia

Teresa Almeida disse...

A poesia é este encantamento dos sentidos. Como um melro a acordar a paisagem.

Saudades de te ler.

Beijo.

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