São por vezes generosos
os deuses soltando bênçãos
E caprichando desenfados
no coração dos homens
Em tardes benévolas e
quentes...
Sereníssimas as Mulheres
a abrir seus mantos
E a soletrar o Milagre.
E a cortar o pão.
E a ministrar o vinho.
Prudentes e sábias.
E a habitar toda a casa.
E a tricotar conversas
E açucenas no rosto do
dia pleno.
No pátio os homens soltam
revoadas.
E gargalhadas.
E bebem apaziguados.
E límpidos...
E a paisagem verde ao
fundo a devolver o Eco
E o murmúrio de Pã
penetrando nos sentidos...
No interior do círculo
uma rosa acesa – milenar fogueira!
Que um Poeta irá plantar
em chão fecundo.
Como perfume da Memória
E essência pagã da
Vida...
Manuel Veiga
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