sexta-feira, julho 12, 2019

MEU SAL MARINHEIRO


Navego canela e marfim em meu sal
Marinheiro. E desato os mares.
Que porto abandonado
É fogo ardido...

Corsário de desígnios altaneiros
Em cada gesto de amarar eu me fundeio.
Cartografia dos sentidos
Rebentando as veias...

A bruma é o luar. E a vertigem
É vaga cheia...

Não mais bandeiras. Outras.
Apenas o convés engalanado
E o mastro altivo...

Tão grávida de Índias
Minha galera de glórias passageiras...


Manuel Veiga





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ESCULTOR O TEMPO

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