Navego canela e marfim
em meu sal
Marinheiro. E desato os
mares.
Que porto abandonado
É fogo ardido...
Corsário de desígnios
altaneiros
Em cada gesto de amarar
eu me fundeio.
Cartografia dos sentidos
Rebentando as veias...
A bruma é o luar. E a
vertigem
É vaga cheia...
Não mais bandeiras.
Outras.
Apenas o convés
engalanado
E o mastro altivo...
Tão grávida de Índias
Minha galera de glórias
passageiras...
Manuel Veiga
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