domingo, julho 28, 2019

POEMA A PRETO E BRANCO...


Quando for grande quero ser um poeta
Imensooooooo… E um senhor bem-posto!...
(Está mais que visto!...)

E hei-de cantar (e voar) como os passarinhos
E serei pintor de arco-íris festivos…

E de porta em porta e por todas as esquinas
Andarei a apregoar meus préstimos
De almocreve de metáforas e pintor
De sonhos coloridos…

Mas por enquanto, não! Por enquanto,
Colho todas as cores tresmalhadas que guardo
Na minha caixa de milagres. E deixo
A macerar em fogo aceso
Até ao branco mais puro…

E, então, nessa brancura alva, derramo
Minha alma nua. E ergo (a preto e branco)
Uma flor de cacto, que fenece
Como nasce – num murmúrio!...

Ou, porventura, uma prece!...


Manuel Veiga

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