Não
colhe o poeta palavras gastas
Na
gramática dos dias
Nem
da altiva rosa,
Desatadas
pétalas…
Nem
da rubra flor, colhe o poeta
De
empréstimo,
Seu
perfume…
Nem
invoca os deuses
Em contra-mão
Dos
seus desígnios…
E,
no entanto, a palavra líquida
E
o desatino de seus passos…
……………………………………
“Humano,
demasiado humano…”
Manuel
Veiga
7 comentários:
Que maravilha de poema:))
Hoje : Deslumbras-te na essência da minha tez
Bjos
Votos de um óptimo Domingo
Muito bom, poeta.
Abraço e uma boa semana
Não estão gastas as tuas palavras porque as recolhes do teu lado mais humano… Tão belo!
Desejo que tenhas um Natal cheio de conforto e que 2020 te traga o que mais desejas.
Um beijo.
Em seu desatino o poeta "origina-se a si mesmo". E sua criação tem um perfume invulgar. "Humano, demasiado humano".
Excelente poema, meu amigo Manuel Veiga.
Beijos.
Humano, Humaníssimo, considera-se o Poeta.
Nessa condição terá entre os dedos a flor
rubra e, na sua transfiguração, a expressão
do poder divino das Palavras.
E assim, os seus passos encaminham-no para
a realização completa.
Abraço, Manuel Veiga.
Olinda
Caro MV, um degrau acima o Freire evoca a razão e a origem da poesia. Quando o Poeta canta o seu sentir entroncado na sabedoria, na dignidade, na autenticidade do povo, o milagre das palavras faz-se sem cotoveladas e o reconhecimento público acontece.
ABRAÇO DE PARABÉNS.
E os poetas... serão mesmo quem melhor estará capacitado, para nos dar a conhecer a alma humana... do melhor ao pior... tudo passa pela poesia... e também a falta da mesma... também tantas vezes, tão bem se explica e compreende, através da poesia...
Um poema fabuloso, tão abrangente quanto enigmático... no fundo... como será toda a alma humana... quando sente... é humana... demasiado humana... com todas as virtudes... e o seu oposto!...
Mais um momento poético, de profundidade e excelência, Manuel, que foi um prazer descobrir e apreciar!...
Nos próximos dias, virei apreciar mais uma série de publicações, que por aqui, se me foram escapando...
Beijinho! Bom ano e uma feliz semana!
Ana
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