Na
quilha dos barcos um rumor
De
águas venturosas. E uma canção sem nome
No
ritmo das marés…
Nada
perturba o arfar das rotas
Nem
das metas…
Sou
este cais em que aporto
E
esta ilha de corais festivos. A luzirem
Alvoroçados…
E
esta espera de azul vestida
E
sou a chegada inesperada
Pagão
cativo de teus braços…
Manuel
Veiga
10 comentários:
Uma metamorfose constante que se opera no Poeta para quem, como nós, se deleita no alcance que as palavras podem atingir na Poesia e na vida.
Um cais, ponto de chegada e de estada em festivos aportes de rotas e metas bem definidas.
Uma espera ansiada e premiada, em doces liames de puro enlevo.
Caro Manuel Veiga, mais um belo Poema que nos situa no lado solar desta nossa caminhada.
Abraço
Olinda
E aqui fiquei eu a pensar. Que ser cais tem este peso tremendo de não se poder mover. Apenas esperar, e receber. Para depois ver partir. E de repente não quis ser cais (que sei ser por qualidade ou defeito para muita gente), e quis simplesmente ser ave em mar aberto.
Um pouco atrasada nas minhas visitas, poeta! (rss)
Mais um tesouro de tua criação poética maravilhosa!
Precisamos agora é de mais poesia para acalmar o espírito de tantas lutas que surgem nesse mundinho de atritos. É mergulhar na poesia para não esquecermos dos bons sentimentos.
Aplausos, meu amigo Manuel!
Beijo!
"Nada perturba o arfar das rotas
Nem das metas… "
Boa tarde Manuel,
Tao belo este poema!
Um cais que alberga o amor.
Beijinhos,
Ailime
Somos sempre 'cais' a espera _seja de um mundo melhor ou de um sonho qualquer.
O que importa é que nunca falta os embarques e desembarques às suas margens.
Belo poema Mveiga
Para ler e reler.
Excelente poema, caro amigo. Mais um, onde o talento poético é notório em cada verso.
Caro Veiga, um bom fim de semana.
Abraço.
Todos temos um cais... onde esperamos, onde nos escondemos...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Este poema é tão festivo que parece uma premonição. Só pode haver festa no cais! Eu sou dos que se congratulam e brindam à tua chegada gloriosa.
Grande abraço.
Pois que (con)viver é muitas vezes estar sobre um barco: às vezes em águas mansas, de lagoas, às vezes na imensidão revolta de um oceano. Com essas águas aprendemos sempre um pouco mais para seguirmos adiante, a vida mais vivida é barco solto! Abraços.
Muito belo, caro MV. Cais e barco reunidos para cumprir um desígnio existêncial.
Abraço.
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