Nada!
Apenas o desatar de laços
E
os ecos tombando no lajedo…
E
o tropeçar nos próprios passos…
E
deste lado do poema
O
dia claro – e a asa ao sol
E
os rios que correm, porque têm de correr…
E
no, entanto,
Esta
morrinha a tricotar distâncias
E
o verso curvo.
E
a alma ausente…
Manuel
Veiga
12 comentários:
"Esta morrinha a tricotar distâncias"... Pois é isso, poeta, os versos que outras mãos escrevem as vezes dizem exato o que sentimos...
Muito bom ouvir Vinicius no teu Relógio de Pêndulo!
Tenha uma boa semana.
Beijo.
Genny
Tropeçar nos passos. A inquietude enroscada na alma ausente por mais que as distâncias se possam tecer… Belíssimo!
Vinícius, um gosto.
Uma boa semana meu Amigo.
Um beijo.
Um belíssimo poema que não podia ser acompanhado senão por esse grande poeta que é Vinicius de Morais.
Um abraço e uma boa semana
«O desatar de laços» é sempre um tempo conturbado...
Um interessante poema, como uma confissão...
O poetinha foi um sedutor simpático.
Semana ótima,
Beijinho
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"Nada" onde cabe tudo
a substância e o verbo
o ato e o desato
a acção e a consequência
e os ecos revelados no curso
da rua do rio
o verso e a vida
Será essa a leitura? Muito boa a composição.
Abraço.
Nossa, que belo poema, meu amigo!
Entre dizer algo e ler, reler e sentir o poema no seu todo, fico com a segunda opção! E acompanhada por essa linda música do poetinha Vinícius, que adoro.
Aplausos sempre!
Beijos.
Ás vezes, a vida faz-nos tropeçar e parece que estamos ausentes de tudo...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Invulgar e belo poema.
A ausência e a saudade transpiram nas palavras.
Gostei imenso, poeta.
Beijo, amigo Manuel.
A morrinha e a meiguice de Vinícius adequam-se.
Excelente!
Inquietações da alma poética... desatando laços... sempre em busca da forma de chegar mais perto, à essência das coisas... que vão vida ao poema... em cada vôo interior!...
Belíssima inspiração, Manuel!
Beijinho
Ana
quando a alma se ressente 'desenlaçar' pode ser o melhor gesto.
_ e os dias ao sol é de muita beleza,
_adorei a inspiração da 'asa ao sol' Mveiga
do lado de cá, literalmente. rs
Quanto de beleza houve só o poeta para dizê-lo, mas a presença de Vinicius ameniza essa farpa cravada no nervo sensível.
Belo poema, caro Manuel!
Um abraço,
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