Abre-se
o momento na grafia do rosto
E
liberta-se em busca de uma forma
Outra
que o diga sem mácula
E
o colha em orvalhadas
Manhãs
em esplendor
De corpos nus…
Ou
no declive da tarde
A
entardecer-se. Dolente …
O
tempo é sem circunstância.
Flui
apenas na vibração cálida
E
no percurso dos olhos. Fonemas
Que
arrebatam. E desenham
Na
pele acetinada o registo
Das
salivas. E o caminho
Das
línguas em capricho
De
flores, pétala a pétala
Derramadas.
Digo-te
então repasto
Que
inebria e sílaba a sílaba
Deglutido.
Na suavidade dos gestos
E
na composição horizontal
Dos
mostos a fervilhar
Numa
canção antiga
E
numa escrita nova
De
que és sacerdotisa
E
culto.
E
poema. Aberto…
Manuel
Veiga
12 comentários:
Poema deliciosamente sensual e exótico.
Sorrisos de luz.
Megy Maia
Inebriante.
Beijo amigo
O vídeo dá consistência ao poema, ou será o contrário? Arrebatadores!
Fique bem!
Belo Poema Aberto, com um percurso apelativo rumo ao amor.
Generoso o Poeta que nos permite idealizar e, porventura,
completá-lo com aquilo a que mais aspiramos.
Felicidades para si, Amigo Manuel Veiga.
Abraço
Olinda
Um poema de amor, amor que hoje e todos os dias deve nortear os passos dos homens.
Bravo, poeta!
Forte abraço, amigo Manuel.
Um belo poema de amor!
Brilhante, na expressão da sensualidade.
Beijo
~~~
Canção antiga, escrita nova!
Assim é. Ninguém melhor do que o Poeta para encenar o Amor. Ele fá-lo em todas as estações, sem agenda prazo. Essa é a sua pena.
Bom.
Abraço.
Há poemas que nos tiram o fôlego, pois causam uma pousa na respiração...
Este assim se faz...como uma canção que nos toca.
Boa semana, poeta.
Beijo.
Genny
Percursos de corpo e alma, neste apaixonante e arrebatador cenário poético, ultra bem complementado, com a respectiva escolha musical!
Mais um extraordinário trabalho, Manuel! Parabéns!
Beijinho
Ana
Caro poeta,
quando se fundem os dois momentos: o da escrita e do amor. E como a distinção onde começa um e acaba o outro se torna difícil. Ou simplesmente se fundem. Se confundem...
Para tirarmos o chapéu.
Um abraço, caro poeta!
Leia-se "Para tirarmos o chapéu".
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