Fragmento
o nome
E
sou todos os nomes. E advento
De
todas as vigílias. E demoras.
E
todas as sedes
Desatadas
Litanias
murmuradas
A
percorrerem veredas encobertas
E
o itinerário dos mostos
E
a sublime ardência
Dos
néctares
A
fermentarem
Preciosos
A
depuração
Dos
gestos.
Liturgia
dos corpos.
Incisão
de salivas E aluvião de espumas
A
soltarem torrentes
Que
as bocas gritam.
E
inscrevem no âmago.
Onde
todas as memórias
E
todos os nomes
Colapsam.
Manuel
Veiga
10 comentários:
A perfeição poética. maravilhoso de ler.
.
Domingo feliz
Boa tarde!
Parabéns pelo poema fabuloso! :)
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Mundo ao contrário ...
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Beijos e um excelente Domingo
Nem sei como comentar o que li. quero acreditar que as memórias se vão salvar.
Abraço e bom domingo
Na tua poética as palavras
vibram
animadas duma energia distinta.
Por momentos, o aluvião
submerge toda a natureza,
humana, até á exaustão.
Depois, a espuma e os corpos
arrefecem até outra erupção.
Entretanto o intermezo. Agora.
Parabéns
Cuida-te que o paspalho anda aí à solta.
Abraço.
Poema dominical e com a sua assinatura, Caro Manuel, risos.
Uma bela estética é o que se vê neste grandioso poema, que acaba por procurar definir o sujeito pela relação que mantém com o espaço e, sobretudo, com tempo.
O resultado é este poema que nos ata em sua linguagem depuradíssima.
Um abraço, caro amigo!
Tudo pode colapsar, enquanto o poeta salva o húmus da vida e a febre da palavra.
Assim é que é.
Um beijo, amigo Manuel.
Mesmo que tudo se torne difícil restam-nos as palavras que nos salvam…
Tão belo, o poema, meu Amigo!
Uma boa semana com todos os cuidados.
Um beijo.
Boa tarde Manuel,
Um poema lindo e profundo com a beleza poética a que já nos habituou, ao mais alto nível!
Parabéns!
Um beijinho e boa semana com saúde.
Cuidemo-nos.
Ailime
Manuel : palavras harmoniosas...com essa canção belíssima!! Adorei!!!
Gratidão por nos presentear com essas belezas!!!
Abraços bem carinhosos meus.
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