Em
seu desenfado
Inventaram
os deuses um singular jogo:
Colocam
as pedras no tabuleiro
E
largam, então, as vítimas.
E
fazem rolar em fragor as órbitras
E
o jogo de forças.
Os
néscios exultam – a contar seus ganhos
E
os sábios sorriem. Pois que, perdendo,
Muitas
vezes vencem
Cativos
de seus rasgos
E
de seus logros.
Bem
sabendo das estultas regras
E do interminável jogo...
Manuel
Veiga
13 comentários:
Adorei o poema. Parabéns!:)
-
Intempéries no sentimento imaturo
Beijo, e um excelente noite!
"Em seu desenfado
Inventaram os deuses um singular jogo:
Colocam as pedras no tabuleiro
E largam, então, as vítimas."
Aos estudantes, aos jovens poetas, a todos que gostam da poesia, fica a minha sugestão: leiam mais de uma vez o excelente poema, INTERMINÁVEL JOGO, de Manuel Veiga, talentoso Poeta, que se inicia com os versos acima..
Um grande abraço amigo Manuel.
Os deuses ludibriaram os homens, incautos e cheios de ilusões. Pobres humanos, a mercê dos jogos... E dos deuses.
Abraços.
:)
Sem dúvida um interminável jogo... poeticamente maravilhoso de ler e reler.
.
Saudações poéticas
Proteja-se
O jogo da vida cujas regras nos ultrapassam, muitas vezes.
Lançados no tabuleiro há que avançar e jogar ou perderemos
a nossa vez. Na arte da relativização de elementos morais e/ou
éticos perfilam os ganhadores ou perdedores.
Mas há uma realidade patente nestes versos, segundo a minha
leitura:
"Os néscios exultam – a contar seus ganhos
E os sábios sorriem. Pois que, perdendo,
Muitas vezes vencem
Cativos de seus rasgos
E de seus logros."
Será que ganhamos mesmo (se for o caso) ou ficamos cativos
dos nossos próprios atropelos?
Como bem diz o Poeta, na sua bela poética, trata-se de
um jogo interminável.
Sempre a surpreender-nos, caro Manuel Veiga.
Abraço
Olinda
A vida é sempre um jogo com deuses ou não.
Abraço e saúde
Quantas possibilidades podem ser visualizadas neste tabuleiro que “em seu desenfado inventaram os deuses...” pelo sentido ambíguo que nele se encerra e pela oposição que em qualquer jogo os contendores se fecham.
É sempre uma alegria ler este belo jogo com as palavras e o domínio que você tem do seu tabuleiro.
Um abraço, caro Manuel
São intermináveis os jogos de poder,
e muitas as peças lançadas no tabuleiro, vítimas de jogatina falseada.
Poema analítico muito bem conseguido.
Beijinho, meu amigo Manuel.
Manuel, meu amigo, somos as peças dessa engrenagem muito louca e que agora mais do que nunca é um desatino.
Estou meio devagar, amigo, mas logo voltarei à blogosfera como sempre estive.
Parabéns por esse belo poema,
beijo, uma boa semana na medida do possível.
Em seu desenfado
Inventaram os deuses um singular jogo:
Colocam as pedras no tabuleiro
E largam, então, as vítimas.
Lindo, forte, verdadeiro!
Salientaria, aqui, todo o poema...
Sim , somos joguetes das divindades, particularmente das que as pessoas inventam.
Belo poema e bela peça musical.
Beijinho, bom fim de semana, amigo.
Boa tarde Manuel,
Um poema magnífico!
Nós somos essas vitimas deixadas no tabuleiro ao alcance das mãos desses vilões que jogam sem dó nem piedade os nossos destinos.
A música é belíssima.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
Desde logo há que perceber o tabuleiro-poema que o Poeta engenhosamente armou. A cena dos sábios e néscios não tem solução ou fim.
Muito bem.
Abraço.
Enviar um comentário