sábado, junho 06, 2020

CAIS ALTIVO...


Digo-te mátria
E sonho desmedido
E barco.

E alvoroço
De águas…

E distâncias…

E ondas alabastrinas
No palato das horas…

E cais altivo
Entre a miragem
E o achamento…


Manuel Veiga


11 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Poeticamente delicioso de ler. Super lírico.
.
Cumprimentos

Boop disse...

Gosto da palavra mátria !
(sem a ela emprestar qualquer cunho feminista.)

Cidália Ferreira disse...

Muito bom! Adorei o seu poema!:)
-
Bom fim de semana!
Beijos.

Elvira Carvalho disse...

Gosto do poema. E da sua escolha musical.
Abraço, saúde e bom fim de semana

São disse...

Mátria, sim, mais do que pátria.

Beijinho, bom domingo

Marta Vinhais disse...

A descoberta... Lindo...
Beijos e abraços
Marta

Olinda Melo disse...


"Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce".

Sonho desmedido que estravazou fronteiras e na lonjura das horas
o escorbuto, ondas alterosas, a sombra do adamastor.

E Mátria sempre, lugar de repouso, descanso do guerreiro.

Belo Poema, caro Manuel Veiga. Nesse "Cais altivo" se amodorram
saudades do avistamento e do oásis.

Abraço

Olinda

Teresa Almeida disse...

Como estrela da tarde surge o poema alcantilado "entre a miragem e o achamento".

Gostei de sentir este fado, de Carlos do Carmo, plasmado num "cais altivo".

Parece que primeiro surgiu a música. Não me surpreenderia que o mesmo tivesse
acontecido com esta tua preciosidade, Manuel Veiga.

É que as tuas palavras ressumam melodia por todos o poros.

Beijo, meu amigo.

Ailime disse...

Boa tarde Manuel,
Nesse cais altivo, a beleza poética das metáforas.
Um beijinho e boa semana, com saúde.
Ailime

José Carlos Sant Anna disse...

“No palato das horas” me perco entre “a miragem e o achamento”, mas alcançarei este cais. Ou alcançarei o poema na sua mão estendida...
Um abraço, Caro Manuel!

José Carlos Sant Anna disse...

A Estrela da tarde é uma magia, bela música de Carlos do Carmo!
Um abraço,

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