1.
Revolvem-se
As
bocas
E
as línguas
De
tão líquidas
Voam.
2.
Frémito
dos lábios
Perfídia
dos deuses
A
celebrarem o fogo
E
a ausência
Dos
corpos…
Manuel
Veiga
Escultor de paisagens o tempo. E estes rostos, onde me revejo. E as mãos, arados. E os punhos. Em luta erguidos… S ons de fábrica...
12 comentários:
Desatinos sensuais num poema muito sedutor.
.
Tenha uma tarde/noite feliz
Cumprimentos
Poeticamente sedutor! Amei
-
Sonho fracassado ...
Beijo, e um excelente fim de semana! :)
Melodias de sempre. Amei ouvir esta. E ler teu poema que ensaia um voo roçando o desejo e a rebeldia.
Beijos, poeta amigo.
Caro Poeta
Vejo-o a "acintar" os deuses, coisa que não é novidade, diga-se.
Mas, desta vez, não os afrontando abertamente, segundo creio.
Como alcançar o âmago deste Poema?
A Perfídia 1 dá-nos algumas pistas e seguindo-as chegaremos facilmente à Perfídia 2. As duas juntas dão-nos a noção de que realmente os deuses
não são de fiar. Concedem benesses pela metade, deixando os pobres mortais
insatisfeitos.
Bom mesmo é concluir que nos bastamos a nós próprios, isto é, começar
e acabar as nossas demandas com armas que possamos manejar, sem ajuda.
O resultado talvez nos surpreenda.
Abraço, Manuel Veiga.
Olinda
Depois do comentário da Olinda, não me atrevo a dizer nada pois penso que ela já disse tudo.
Abraço, saúde e bom domingo
Volto a este espaço, caro amigo Manuel, para refazer o meu comentário:
Caro amigo Manuel Veiga, gostei muito do seu poema, “PERFÍDIA(S)...”, no qual vi o seu apreço à forma, moldura indispensável à poesia, e também vi o conteúdo do poema que, com esmerada mensagem, resultou, no seu conjunto, nesta obra de arte, esmero e talento do Poeta.
Um bom domingo, Poeta.
Um abraço.
MV
um poema muito sensual dividido em 2 partes
gosto
só discordei da ausência dos corpos
mas, digamos, que, em alguns casos é irelevante
e ao Poeta tudo é possível
bom domingo
:)
Quanta paixão nessa escrita!
Beijos
BLOG Reticências...
Os deuses a celebrarem o fogo da ausência dos corpos. Nunca estão isentos de culpa e perfídia, os deuses... Magnífico poema, meu Amigo!
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
São dois momentos. Cada um deles acrescenta e subtrai ao existente, pois assim querem os deuses. E nos embalamos na música do poema...
Um abraço, Caro Manuel!
Olá, meu amigo Manuel, belo e sensual poema, e a música é linda, Perfídia, há tempos não a escutava!
Show de postagem!
Uma boa semana!
beijo
'Perfídia' _ um belo tango se cantado a sós é triste e é mesmo dos deuses,mVeiga
Olha só que dramático, em tempos de'ficaremcasa'_'que lejos estas de mi'
e me faz lembrar outro lamento de Alceu Valença,rs
_ 'distraída no ambiente luxuoso
Em que tu sempre vivias
Tu deixaste que murchassem minhas flores
Meu buquê de fantasias'
Belo poema e música bem ao estilo'vou chorar' rs
Um abraço
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