terça-feira, junho 16, 2020

GOTA e DANÇA ...


 Ínfima a erguer-se
Do nada. Densa.
A prometer-se
Gota.
e
Dança

Mínima
Agita-se. E explode
Brevíssima

Poeira que renasce
Verso e reverso
Em sua forma
Alada.

Antagónica
E múltipla

Flor sem tempo
Agora. A erguer-se
Máxima.


Manuel Veiga



13 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Poeticamente fascinante. E assim se escreve magistral poesia
.
Tenha uma terça-feira muito feliz
Deixando uma 🌹

Cidália Ferreira disse...

Adorei!!
-
Escrevo ao anoitecer, quando me visitas

Beijos e uma excelente noite! :)

São disse...

Como eu gosto destes poemas breves com tanto a dar...

Beijinhos

Graça Pires disse...

Poesia que renasce gota a gota, como se a fonte nos procurasse através do teu belo poema.
Um grande beijo meu Amigo.

Ailime disse...

Boa tarde Manuel,
Que poema lindo!
Gota e dança numa riquíssima mistura.
Assim se esculpem as palavras num belo poema.
Beijinhos e continuação de boa semana, com saúde.
Ailime

José Carlos Sant Anna disse...

E o poeta se reinventa para que nasça o poema. E gota e dança se transfiguram...
Um abraço, caro Manuel!

Teresa Almeida disse...

Ínfimo, suspenso, ainda promessa de gota e de dança. E as palavras vão acertando os passos num enleio inesperdado e arrebatador.

Um poema melodioso e envolvente, meu amigo Manuel.

Beijos.

Olinda Melo disse...

Poema contido. Cuidadoso. Aspergindo cuidados na sua fala com essa flor do tempo sem tempo. Poeira que se reconstrói. Gota - encontro do verso com o seu reverso. E a Dança como corolário.

Expressividade e talento. Tudo aqui. Não falta nada, caro Manuel Veiga.

Abraço

Olinda

Agostinho disse...

Manuel Veiga, supremo o teu poetar.

Suspensa
Num equilíbrio efémero
Não fora a beleza dos dois lados
No verso e no anverso
Na linha e no vácuo da entrelinha
Seria desperdício
Mas os olhos bebem ávidos
O movimento de dança no Poema
Que explode nos sentidos

Abraço.

Juliana Lira disse...

Belo...

Beijos

Blog Reticências...

Tais Luso de Carvalho disse...

Talento sobrando, meu amigo!!
Gostei muito de ler e reler este seu poema.
Quanto à música, achei divina, "Nul ne guérit de son enfance". Não conhecia o cantor.

"Poeira que renasce
Verso e reverso
Em sua forma
Alada."

Beijo, um bom fim de semana"

Jaime Portela disse...

E as palavras também se erguem neste poema.
Máximas...
Excelente poema, em mais uma explosão de talento.
Bom fim de semana, caro amigo Veiga.
Abraço.

Marta Vinhais disse...

Uma pequena gota que percorre labirintos e depois esconde-se...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta

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