segunda-feira, junho 01, 2020

VESTAL E CHAMA ...


Abre-se a surpresa na grafia do poema
E liberta-se em busca de uma forma
Outra que a diga sem mácula
E a guarde em orvalhadas
Manhãs em esplendor
Dos corpos nus

O tempo é sem circunstância –
Flui apenas! – Percurso de fonemas
A desenharem o registo
Das salivas

E  itinerário de línguas
Em capricho de flores, pétala a pétala,
Derramadas.

Digo-te assim. Na suavidade dos gestos
E na composição horizontal
Dos mostos. Canção antiga
E uma escrita nova

De que és culto
A Vestal e chama …


Manuel Veiga





12 comentários:

Graça Pires disse...

Esta é de facto uma escrita nova que vens escrevendo com uma inspiração que dá gosto ler porque a surpresa se abre na grafia do poema…
Uma boa semana meu Amigo com muita saúde.
Um beijo.

Teresa Durães disse...

Gostei do que li!

Cidália Ferreira disse...

Um poema muito bonito! :)
-
Queria ter o poder da bonança
-
Feliz dia Mundial para as "nossas" Crianças!
Beijos e uma excelente semana! :)

" R y k @ r d o " disse...

Poeticamente muito sedutor de ler.
.
Feliz inicio de semana

Agostinho disse...

O Poeta no seu engenho a encontrar caminhos
e proveitos, por arte de poética sublime
Terá sido por esse jeito que à deusa
subtraiu a sacerdotisa sem mácula,
vestal ardente

Abraço.

Ailime disse...

Boa tarde Manuel,
Poema magnífico!
Um novo desbravar de palavras por caminhos metafóricos que encantam.
Um beijinho e boa semana, com saúde.
Ailime

Teresa Almeida disse...

Como manhãs orvalhadas nascem os poemas que dedicas. E se dedicados, renascem e fluem como as pétalas de que se vestem.
Manuel, prodigiosa imaginação a tua.
Ainda bem que a poesia existe!


Abraço de parabéns.

https://resultadodaloterias.com.br/vale-cap/ disse...

Achei muito interessante atualmente esta sua postagens. Parabéns!
Vale cap

Margarida Pires disse...

Olá Manuel.
Gosto muito da sua imaginação.´
De um verdadeiro mestre.
Um abraço.
Megy Maia🌈

Tais Luso de Carvalho disse...

Belo e de classe esse poema, meu amigo Manuel!
A mente dos poetas não para, a criação não se esgota, mesmo vivendo numa pandemia parece que novas criações se impulsionam.
Gostei imenso.

"Digo-te assim. Na suavidade dos gestos
E na composição horizontal
Dos mostos. Canção antiga
E uma escrita nova"

Beijo, uma boa semana, amigo.

Olinda Melo disse...


Sempre nova a escrita que o Poeta nos oferece. Neste Poema
fala-nos de uma música cantada desde sempre, em que se dá
o encantamento do encontro entre o antigo e o novo,
afinal perene, - o culto e a composição dos mostos.

Pétala a pétala sentimos o perfume desse ardor, inspirado
pela sua Musa, "Vestal e Chama".

A forma como o faz surpreende-nos.

Elegância e delicadeza que emocionam.

Bem haja, Manuel Veiga.

Abraço
Olinda

José Carlos Sant Anna disse...

Quem segura a tua semântica, meu caro poeta?
Como você a conjuga neste jogo e conhecimento para prover o sentido do poema. Sempre se reinventando (como diria o poeta Manuel Veiga, mas isto tu o sabes muito bem), risos.
Um forte abraço, caro Manuel!

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