terça-feira, setembro 29, 2020

Flor De Sol, Flor De Sal ...


Flor de sol

Na combustão da noite

E urgência dos corpos …

 

Flor de sal

Labirínticas bocas

A tatuar ausências

E a desfolhar

Auroras …

 

Floração de mostos

E dos dias

Fugidios …

 

Manuel Veiga




11 comentários:

Tais Luso de Carvalho disse...

Belo poema, querido amigo, como sempre faço leio e releio os poemas para absorver nas entrelinhas, a alma dos poetas, porém, desculpe, cheguei ao final e dei com a música "quero que tudo vá pro inferno" e me perdi, saí da minha introspecção, rss...

Beijo, uma ótima semana!
Cuide-se, sei que o corona está a rondar, com mais força, o belo Portugal.

Elvira Carvalho disse...

Tão bonito!
Sempre me espanta a capacidade de alguns poetas de dizerem tanto em tão poucas palavras.
abraço e saúde

Cidália Ferreira disse...

Um poema muito bom!:)
-
O tempo é curto, é preciso viver
-
Beijos, e um excelente dia!

José Carlos Sant Anna disse...

E assim passando dias ora na flor do sol, ora na flor do sal, na floração de mostos. Na condensação dos contrários é que nos enredamos prazerosamente,
Um abraço, meu caro poeta!

Juvenal Nunes disse...

Todo o tempo é pouco para a consagração do amor e maturação do sentimento, essa foi a minha leitura que não consegui enquadrar na música.
Abraço poético.
Juvenal Nunes

Teresa Almeida disse...

Poema curto e intenso. "Condensando o mundo num só grito".
Conjugando o prazer de ler com o desejo de partir e de chegar.
Tão bonito!

Beijo, meu amigo Manuel.

Olinda Melo disse...


Sol e Sal, ortografia quase igual e idênticos
na sua intensidade.

Luz e sabor numa degustação
desejada e perseguida nesses dias fugidios.

Caminho bem definido neste seu belo Poema.

Gostei muito, meu amigo Manuel Veiga.
Escrita impecável privilegiando o que é importante.

Abraço

Olinda

lis disse...

Que a mistura açucarada floresça num cálice,
e haja celebração de novos dias...
abraço, mVeiga

Ailime disse...

Boa tarde Manuel,
Magnífico poema.
São assim os sabores (?) da vida que, por vezes, nos adoçam outras vezes nos acidificam.
Depois muito bem colocados Rui Reininho e o seu grupo neste tema popularizado por Roberto Carlos.
Um beijinho e bom fim de semana.
Ailime

SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

Sol e sal são duas flores
Que florescem como tantas
No poema quando cantas,
Manuel Veiga, os amores
Dos teus céus interiores,
Se límpidos, como é a crença
De que o amor sempre vença
"Quando desfolhar auroras"
E a flor de sol que tu adoras
Seja o que a tua mente pensa!

Belo poema, meu amigo! Parabéns! Abraço fraterno! Laerte.

Jaime Portela disse...

Os dias podem ser uma moeda com duas faces...
Magnífico poema.
Bom fim de semana, caro Veiga.
Abraço.

ESCULTOR O TEMPO

Escultor de paisagens o tempo. E estes rostos, onde me revejo. E as mãos, arados. E os punhos. Em luta erguidos…  S ons de fábrica...