Amoráveis
os dias, Lydia, assim colhidos
Como
pétalas em teu regaço. E o lago de teus olhos
Onde
moram os barcos e aportam
Todas
as viagens.
Deixemos,
Lydia, que o tempo se faça solstício
E
do momento guardemos a doce espera
E
o favo de teu nome. E desfolhemos
Os
dedos numa carícia breve
Como
se fora a brisa
Sobre
a pele.
E
louvemos os deuses
Que
embora néscios sobre nós descem
Na
amargura das horas e no cântico
Festivo
da tarde…
Manuel
Veiga
Lydia
é criação literária de Ricardo Reis
12 comentários:
E assim se escreve sublime poesia. Elogiável inspiração e criatividade poética. Exemplar e fascinante. Adorei ler e reler.
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Feliz fim de semana …Abraço de amizade.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Poeticamente belo,
"[...]desfolhemos
Os dedos numa carícia breve
Como se fora a brisa
Sobre a pele.[...]"
Parabéns.
Abraço
SOL da Esteva
Olá, meu amigo Manuel,
belíssimo poema, gostei da criatividade das belas metáforas!
Um feliz fim de semana, cuidando-se.
Beijos.
"Amoráveis os dias, Lydia, assim colhidos
Como pétalas em teu regaço. E o lago de teus olhos
Onde moram os barcos e aportam
Todas as viagens."
Olá, amigo Manuel, gostei imensamente desse seu poema, ressaltando a sua musicalidade, como uma melodia com suaves tons.
Parabéns, Poeta!
Um bom domingo no seu belo Portugal.
Grande abraço.
Feliz e louvada seja a Lydia, que inspira tão belas palavras!
Que se louvem então, todos os deuses, em louvor da Mulher amada. Muito belo o poema.
Um abraço e tudo de bom.
Muito belo. De todos os heterónimos de Pessoa, Ricardo Reis é aquele que menos conheço.
Estou de volta depois de três dias de cama, com febre, dores no corpo todo, vómitos e inchaço nos pés e mãos. E como toda a gente me diz que o pior é a segunda dose, estou bem arranjada. Bom mas o que interessa é que hoje já estou bem.
Abraço, saúde e bom domingo
E quantas Lydias aguardam,
antes que seja tarde?
Sorte do Poeta, sorte da musa,
que se dispõem à espera do solstício,
não se esquecendo de que o tempo
que medeia até ao aphelium
há um mundo de prazer velado
no som deslumbrante de metáforas.
O Poeta revela-se em grande forma
na sua poética.
Abraço, Amigo MV.
"E o lago dos teu olhos onde moram os barcos e aportam todas as viagens"...
Tão belo, tão sedutor. É este seu jeito de escrever que me encanta, meu Amigo.
Cuide-se bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
Inesgotável fonte de inspiração quando se trata
de cantar o amor.
Amoráveis os dias e as noites, longos,
que o tempo nos oferece e aproveitá-los no seu
máximo esplendor será, talvez, a expressão de
uma sabedoria milenar.
Assim, faça-se solstício...
Abraço, Manuel Veiga
Olinda
O poeta colhe a poesia no regaço e nos olhos de Lydia. Pronuncia o seu nome com a doçura do favo de mel. Dedilha o amor com a suavidade de pétalas de rosa.
E toda esta melodia permanece.
Grande abraço, caro amigo Manuel Veiga.
E desfolhemos as páginas, cada poema da sua lavra é um deleite, e a recriação de Lydia nos extasia pelo “lago de teus olhos / onde moram barcos e aportam /todas as viagens”, abertas aos leitores.
Um abraço, caro amigo!
'Louvemos os deuses' e as tardes festivas
-que sejam sempre ternas.
abraço.mVeiga
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