Dizem-me
ser urgente amor
Mas
sem razão quem se afadiga
Em
cortar cerce a flor
E
a profanar a rosa
De
um trago…
Entre
o amor e o desalinho
Uma
gramática de signos mudos
Pela
polpa dos dedos decifrados
Que
se acendem no percurso dos lábios
Em
ardor de seda e lume
E
ardem. E renascem em espiral
Lume
com lume. E os corpos já não corpos
Apenas
lume aceso. E o vernáculo
A
inscrever o verbo no murmúrio
E
na incisão vertical da pele
Onde em tributo e dádiva os corpos
Se libertam
Manuel
Veiga
12 comentários:
Boa tarde Manuel,
Um poema de amor belíssimo!
Sublime inspiração.
Beijinhos,
Ailime
Um belo Poema que é um contraponto ao que se
diz e ao que se poderia ou deveria fazer.
No Amor nem sempre tudo é claro e cristalino,
e as suas demonstrações, por vezes, ficam
aquém do que se desejaria.
"Essa gramática de signos mudos" é um livro
a decifrar com tempo e com o tempo.
Sempre a admirá-lo, Manuel Veiga.
Grande abraço
Olinda
A arte flui como quem tece uma cálida melodia. E entre a seda e o lume liberta-se a chama.
São cativantes os matizes do teu poema, caro amigo Manuel Veiga.
Forte abraço.
Libertos e em dádiva os corpos são lume aceso entre o amor e o desalinho. Tão inspirador, meu querido Amigo!
Cuida-te bem.
Uma boa semana.
um beijo.
Que lindo poema, querido amigo poeta, mesmo em plena pandemia sua inspiração está em alta, e isso é muito bom. Não é sempre que as coisas que nos atingem, como esse afastamento dos amigos, parentes e todo o nosso cotidiano modificado não interferem nas nossas ideias. Na nossa sensibilidade para escrever.
Acabo de ler um excelente poema!
Aplausos, amigo!
Beijo, uma boa semana, e cuide-se.
Há de ter um alinhamento,
_ para que floresça a flor.
e a dádiva é seu poema lindo e libertador.
abraço, mVeiga
Belo poema sobre a paixão .
Bom JUnho e um abraço
Olá, meu amigo Manuel, gostei muito desse seu poema, uma obra de metalinguagem sensível e bem construída, com ritmo e a melodia indispensável.
Parabéns, Poeta!
Um bom final de semana, com muita saúde.
Grande abraço
Um belíssimo poema.
Peço desculpa pela ausência, mas os olhos têm-me afastado do computador.
Abraço e saúde
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Ardente poema. E arde(m) palavras belas.
A pressa não rima com amor,
avisa o Poeta ao chegar
Quem não tem tempo não ama
não pode amar
E todo o arrepio, toda a febre
toda a combustão o Poeta canta.
Muito bom, MV.
Saúde e um abraço.
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