sexta-feira, janeiro 14, 2022

Passadeira Vermelha

 

No Grande Livro do Tempo

Onde se inscrevem os milagres e todos

Os feitos. E as insígnias do sangue e

Do leite materno

 

E a memória dos dias faustos

E de todos aqueles que são e aqueles outros

Que hão-de vir

 

Nasceu uma estrela

E a acolheste em teu regaço e a ungiste

E a embalas em teus braços

E quiseste que eu a visse e amasse

Como se fosse “cousa” nossa

 

Que devolvo agora embrulhada

Em palavras néscias

A que acrescento

Minha bênção

 

Como se fora estrela minha.

 

Manuel Veiga

11 comentários:

São disse...

Para mim, um dos teus melhores poemas...

Beijo de bom fim de semana

Graça Pires disse...

E é estrela tua. Como são todos os poemas que vens fazendo com uma qualidade imensa.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.

Vanessa Vieira disse...

Olá, caro poeta! Que incrível este poema!!!
Não me bastei em lê-lo apenas uma vez! Está belo demais!
Adorei!!!

Vicky Cahyagi disse...

Great article. I followed your blog now. Thx

Olinda Melo disse...


Estendamos a "Passadeira Vermelha" e deixemos passar
essa Estrela que o Autor nos deixa entrever,
através das suas palavras, como das mais belas.
E agradecer-lhe esse momento de tão entranhada
inspiração, de que beneficiamos, ao ler e apreciar
este Poema.
Sempre a admirá-lo, amigo Manuel Veiga.
Abraço
Olinda

Tais Luso de Carvalho disse...

Muito lindo, meu amigo Manuel, há poemas que não precisamos dizer muito, apenas sentimos, gostei da imagem "No grande Livro do Tempo...

"No Grande Livro do Tempo
Onde se inscrevem os milagres e todos
Os feitos. E as insígnias do sangue e
Do leite materno"

Um ótimo fim de semana, cuidando-se.
Beijo,

Ana Tapadas disse...

É um belo poema e sinto uma emoção estética e íntima, porque o publicaste no dia em que celebro o nascimento da minha bastardia pessoal...

Um beijo, meu poeta.

Jaime Portela disse...

Mais um grande poema.
Com o talento poético de um grande poeta.
Excelente, os meus aplausos.
Continuação de boa semana, caro amigo Veiga.
Um abraço.

Juvenal Nunes disse...

Uma estrela dá-nos sempre a ideia de luz e calor e de caminho sem trevas.
Que venham constelações.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes

Olinda Melo disse...


Bom dia, Manuel Veiga

Relendo este seu belo Poema, pela atracção
que em nós exercem as suas palavras, de uma
sensibilidade amorosa imensa.

Abraço
Olinda

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde de toda paz, Manuel!
Agradeço seu comentário no blog da querida amiga Olinda.
Soube que aí se comemorou ontem o dia da Estrela e senti que seu poema foi uma menção a tal homenagem.
Sejam de brilho e luz seus dias.
Abraços fraternos

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