sexta-feira, agosto 05, 2022

ABSOLUTA PALAVRA


 

A Hora é esta. Assim

Escassa. A morder a orla

Do sonho

 

Sacral e mítica…

 

A anunciar-se

Líquida. Sede e água

A transbordar

 

E a proclamar-se

Desmedida. E a profanar-se

Dádiva.

 

E a resguardar-se

Profana. E absoluta

Palavra. Dita.


Manuel Veiga

Coreografia dos Sentidos

Edição MODOCROMIA

6 comentários:

Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá, amigo Manuel,
É sempre muito bom vir aqui nesse Espaço Poético onde sempre leio belos poemas de sua lavra, como esse, "Absoluta Palavra".
Aplausos, Poeta!
Votos de um ótimo final de semana,
Um grande abraço.

SOL da Esteva disse...

A Arte da Poesia é saber "dizer", com palavras certas, versos cuja profundidade é notoriamente bela.
Parabéns, Amigo


Abraço
SOL da Esteva

Maria João Brito de Sousa disse...

Absolutamente belo!

Abraço, Manuel!

Janita disse...

A Palavra que se anuncia
A água que mata a sede
É dádiva que se recebe
É a Hora certa para ser dita.

Sem profanar
Sem errar
Sem pecar.

Um abraço, Poeta Manuel Veiga.

Ana Tapadas disse...

Eu gosto de poemas assim...belos e depurados, filosofia pura da Vida!

Beijo

Tais Luso de Carvalho disse...

Sempre uma honra poder ler a poética criativa,
sensível, elegante e de escrita impecável do nosso
amigo Manuel Veiga!

Um beijo ao nosso grande Poeta,
um feliz fim de semana.

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