Abrasa o sol nesta miragem. A distância é o voo
E a canícula. E a ave
soletrando o círculo.
E o zénite...
E a violenta bordadura do
azul no fio de meus olhos
Agitando a brisa cálida...
E o grito calcificado do
restolho.
E o cardo a dançar no
vento.
E a poeira…
E a gotícula lambendo a
pele nua.
E os lábios gretados. E a
sede das horas
E os passos sobre o eco...
E o arfar solitário.
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Infinita esta paisagem em
que me detenho
Como planície inventada
Ou voo quebrado...
Estridência de cigarra
acesa
Ou secreta cotovia em
alvoroço
Adejando por dentro.
E o milagre
E o canto
Inesperado...
Manuel Veiga
2 comentários:
Puro fascínio poético que me deliciou o ego, ler.
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Cordiais cumprimentos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Tão belo, Manuel!
Abraço, saúde e bom fim de semana
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