segunda-feira, setembro 05, 2022

Homenagem ao POETA Joaquim Monteiro

 A MORTE É UMA AVE

Dentro do sono a paisagem
é sublime. Ardem as crinas
dos cavalos ao vento sul.
Comoraparigas dançam com o sol
dentro dos olhos e, as maças brilham
nos dentes ainda virgens.
O verde é mais verde onde
as mudas vozes despertam
no silêncio a paz apaziguadora dos sinais,
fluindo no íntimo de um acordar futuro.
Dentro do sono a morte é uma ave
rasando o infinito das águas.
O verbo sublimado no coração da luz.
Joaquim Monteiro


"Quando morre um poeta

todas as narrativas se calam

e o Verbo se devolve ao Silêncio---

  1. MV 





3 comentários:

Maria João Brito de Sousa disse...

Mais um poeta que nos parte neste aziago ano de 2022?

Se assim for, lamento-o profundamente.

Um abraço!

Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá, meu amigo Manuel,
gostei imensamente deste poema de
Joaquim Monteiro, poeta que não o conhecia.
Agradeço a partilha, nesta homenagem que você,
meu amigo Poeta faz ao poeta que faleceu.
Aqui em Porto Alegre faleceu um dos poetas
muito conhecido dos brasileiros, Luis de Miranda,
autor de mais de 30 livros que nos deixou recentemente,
aos 77anos.
Um grande abraço, meu caro Poeta e amigo Manuel

Parapeito disse...

Merecida homenagem a Joaquim Monteiro.
Belo este poema.
Excelente Bécaud.
Grata pela partilha.
Brisas doces **

  CADÊNCIAS ... 1. Enamoramento das palavras No interior do poema. E a subversão Do Mundo… 2. Cadências mudas. Em formação De concordâncias....