quarta-feira, outubro 26, 2022

Para Um Novo Teorema da Física Moderna

 

dizem expeditos cientistas que o leve bater

das asas de uma borboleta à distância

de milhares de quilómetros pode causar

uma catástrofe num ponto indeterminado…

 

esse poder a borboleta desconhece, que solta belíssimos voos

enquanto aqui e a ali, vai beijando umas flores

no seu jardim predileto – sem outro dano

ou propósito….

 

assim o poeta ele fosse – poder soltar os seus versos

e o adejar de seus mistérios e a milhares de quilómetros

pudesse agitar a beleza das palavras e com elas

fundir.se na consumação dos tempos como se fora

um novo teorema da física moderna…

 

Manuel Veiga

26.10. 22

13 comentários:

Maria João Brito de Sousa disse...

Não o sabe a borboleta, nem o sabe a maioria dos seres humanos.

Talvez um ou outro poeta o pressinta, não como gerador de catástrofes, mas enquanto "leitmotiv" de algo que seja imperioso que aconteça...

Abraço, Manuel!

Olinda Melo disse...


Física mágica, caro Poeta.
Assim pensassem todos os seres humanos de boa vontade
e viveríamos sem medos e sem fantasmas a torturar
os nossos sonhos.
Um Poema que adorei ler.
Abraço
Olinda

Ailime disse...

Boa tarde Manuel,
Absolutamente fabuloso o seu poema!
Gostei imenso deste teorema da física moderna.
Muitíssimo interessante.
Beijinhos,
Ailime

São disse...

Magnífico!

Quem dera que tivesses esse Poder, meu amigo, quem dera!

Abraço, bom fim de semana

São disse...

Espero que o comentário entre desta vez.

Seria muito bom que este teu magnífico poema se pudesse tranformar em realidade.

Grande abraço, meu amigo

Tais Luso de Carvalho disse...

"Mas Báh", como dizem os gaúchos, que belíssimo poema, meu amigo!
Esse é pura reflexão, li e reli e fiquei parada, olhando para essa sua postagem
de linda criação. E o que faço agora é aplaudi-lo, amigo!
Sim, daqui de longe. Que Deus o ilumine sempre!
Uma feliz semana pra você, Manuel, muita paz e esperança!
Beijo.

"(...) assim o poeta ele fosse – poder soltar os seus versos
e o adejar de seus mistérios e a milhares de quilómetros
pudesse agitar a beleza das palavras e com elas
fundir.se na consumação dos tempos como se fora
um novo teorema da física moderna…"

(Magnífico!)

Jaime Portela disse...

Se a palavra de cada um influenciasse o que se passa no mundo...
Um poema muito interessante. E excelente, como todos os que por aqui leio.
Boa semana e bom feriado, caro Veiga.
Um abraço.

Graça Pires disse...

Mas há palavras que têm o poder de transformar o mundo. Por isso, vivam os Poetas!
Tudo de bom para ti, meu Amigo Manuel.
Uma boa semana.
Um beijo.

lis disse...

Lindíssimo voo nesse poema metafisico
indo além da beleza das palavras trazendo a essência de ser e ter.
... e assim o poeta solta seus versos 'a milhares de quilômetros'.
Adorei, Veiga.

Maria Rodrigues disse...

Tal como as borboletas encantam o nosso olhar, com o seu bailado sobre as flores, hoje, com as novas tecnologias, os versos dos poetas também conseguem voar para longe, indo encantar a alma de quem os lê.
Belíssimo poema!
Abraços

J.P. Alexander disse...

Genial poema. Te mando un beso. Enamorada de las letras

Juvenal Nunes disse...

Parece-me que os poetas de quem já não há presença física, mas que se tornaram imortais, têm essa caraterística das borboletas de que falam os físicos.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes

Reflexos Espelhando Espalhando Amig disse...

Manuel,
Eu já sigo seu Blog faz
tempo, apenas só leio
e não comentava.
Esta aqui é mais
uma publicação
que faz diferença para
seus leitores.
Bjins
CatiahoAlc./Reflexod'Alma

ESCULTOR O TEMPO

Escultor de paisagens o tempo. E estes rostos, onde me revejo. E as mãos, arados. E os punhos. Em luta erguidos…  S ons de fábrica...