Desalinhada
flor assaz perdida
Em busca das cores que melhor a digam
E
em demiúrgica ousadia
O
poeta a soletrar a tela
E
a derramar-se
Em avidez lume
E
a colorir de azul
O
colapso das formas
E
a inaugurar as pétalas
Ora perfumadas
E
luz perene.
E
o cântico dos cânticos
E
a murmurar urgências
E
a recolher ecos
De
um tempo
Breve
…
Manuel
Veiga
1 comentário:
O tempo parece breve quando queremos que perdure.
É o tempo das pétalas, do seu viço e da sua cor.
Mas contemplemos com o fervor da flor e contentemo-nos
com ela enquanto dura.
Belo, belo poema, Manuel Veiga
Abraço
Olinda
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