dizem expeditos cientistas
que o leve bater
das asas de uma borboleta
à distância
de milhares de quilómetros
pode causar
uma catástrofe num ponto
indeterminado…
esse poder a borboleta
desconhece,
que solta belíssimos voos
enquanto aqui e a ali, vai
beijando umas flores
no seu jardim predileto –
sem outro dano
ou propósito….
assim o poeta ele fosse –
poder soltar os seus versos
e o adejar de seus
mistérios e a milhares de quilómetros
pudesse agitar a beleza
das palavras e com elas
fundir.se na consumação
dos tempos como se fora
um novo teorema da física
moderna…
Manuel Veiga
4 comentários:
Mas o bom poeta funciona exactamente assim... e o mau também. Esse adejar da borboleta pode ser transportado para tudo o que existe e ninguém porá em dúvida a existência da poesia. O poeta é que, tal como a borboleta, ainda não consciencializou esse poder.
Um abraço, Manuel.
Olá, Manuel Veiga
O poeta tem a força das palavras, na composição
da poesia que viaja e pode influenciar a física
moderna e mais o que haja.
Neste tempo em que o supérfluo toma conta de
tudo é muito bom, excelente, vir aqui e encontrar
as suas reflexões em verso.
Sempre a admirá-lo, meu amigo.
Abraço.
Olinda
Olá, meu caro amigo Manuel Veiga,
vim a esse espaço da Poesia para rever
o meu amigo ilustre, que tive o prazer de conhecer
há alguns anos, aqui nesse mundo da internet.
Sempre tivemos um convívio amistoso, para a minha
satisfação.
Gostei imensamente desse seu poema, de grande beleza.
Meus votos de uma ótima semana, caro amigo Manuel, com
inspiração e paz.
Um grande abraço deste seu amigo daqui de Porto Alegre.
na matemática o teorema é uma afirmação que pode
ser verdadeia diante de poemas assim. E, o místico medieval
Angelus Silésius preferia resumir: “A rosa não tem ‘porquês’,
Ela floresce porque floresce'.
Passeando aqui pela tua página e me encantando ,mVeiga
deixo abraços
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