terça-feira, julho 30, 2024

COMO SE FORAS INVENÇÃO MINHA

 

Antes do magma .e do rasgar do Tempo

Nesse etéreo lugar - enunciado das coisas

E de todos os nomes

 

Nessa órfica placenta, onde

Se desenham todos os rostos

E todas as coisas fluem

Em sua mútua simpatia

E singular gesto

De se enunciarem

 

Nesse mundo orquestrado

Na usura de absolutos silêncios

E ignotos territórios ..

 

No infinito-presente

De todas as singularidades

 

Ergues-te do barro e te sublimas

E explodem, então, todas as cores

E se fecundam solares

Todos os prenúncios

 

E digo-te então Sibila

E te nomeio depuradora

De essências

 

Como se foras não apenas fantasia

Mas poema. E amorosa

Invenção minha…


Manuel Veiga

4 comentários:

Tais Luso de Carvalho disse...

Meu querido amigo Manuel, que belíssimo poema!
Como está você, amigo?
Desejo muitos dias quentes por aí, aqui é inverno,
muito frio e chuva!
Aplaudo poema maravilhoso! E tem grife, Manuel Veiga!
Um feliz fim de semana, pra você e sua família!
Beijos, amigo, muita paz e alegria!

Olinda Melo disse...

De todas as coisas maravilhosas,
todos os mistérios que nos envolvem,
sobressair como "amorosa invenção"
do poeta transcende as expectativas
do leitor.

Um poema que fica e convida a relê-lo.

Abraço, Manuel Veiga.
Olinda

lis disse...

'Absolutos silêncios', tão singulares mVeiga
Como escreve a Olinda, é ler e reler.

" R y k @ r d o " disse...

Poema muito bonito que amei ler
.
Saudações poéticas e amigas. Feliz domingo.
.
Poema: “ A Voz do Coração “
.

AS CORES DO POEMA

  Leve fissura apenas. Milimétrica Tensão da espera A corroer por dentro Sem plano Ou guia... Apenas o murmúrio de água Sobre ...