...
Desfaz a Tenda dos
Milagres, poeta
Pois que, a ti, te
bastam os ecos
E o topo das
montanhas
Que são vertigem…
E afasta este azul
nítido
Tão líquido azul
que magoa. E se perde
Lá ao fundo…E “o
sonho do sonho” …
E a asa. E o golpe
que por vezes assoma –
Verso que desponta
no reverso
E inebria…
Esquece o beijo
dos amantes.
E os dias de verão
E o declinar das
horas
No teu velho
relógio de pêndulo
Pois que este vinho
perfumado
E este lastro antigo
É quanto te bastam
No cair da noite
Que se aproxima!
Manuel Veiga
2 comentários:
Belo poema, Manuel Veiga.
A noite que se aproxima será
benigna, motivo de muita inspiração para o Poeta. Na Tenda dos Milagres operar-se-á
a mistura dos eflúvios que adornarão a passagem dos dias.
Bom fim de semana, meu amigo.
Abraço
Olinda
belíssimo poema! Um abraço!
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