Oferecem-se aos conquistadores
estandartes de oiro
Pavilhões de
plumas de quetzal
Colares de oiro
E os seus rostos
brilham de júbilo,
Brilham e
rejubilam
Rebrilham os
rostos vorazes
Como macacos
estes deuses manuseiam o oiro
E com tal intensidade
o manuseiam
Que seus
corações parecem renovar-se
Como se o ouro
ardesse dentro deles.
Arquejam de
tanto peso amarelo
E nessa fome
furiosa ainda pedem mais oiro
Sôfregos como
porcos.
E agarram
avidamente em pavilhões e estandartes
E levantam-nos,
e brandem-nos, e correm
Por todos os
lados como loucos.
Falam uma língua
bárbara
Falam do ouro
bárbaro,
Bárbaro é tudo
quando falam.
Civilização Azteca –
América
Colectânea “ROSA
DO MUNDO – 2001 Poemas Para o Futuro”
Edição
Assírio&Alvim – Abril 2001
8 comentários:
Que se calem
e que a ti
não te falte a palavra
Abraço
meu caro
Caro amigo Manuel,
E o que mudou passados tantos anos?
E povo carrega o fardo mais pesado nessa corrida.
E bárbaros é o que somos?
Outro caloroso abraço, velho amigo!
Gostei do texto.:))
Hoje:-"Chuva, onde desejo tréguas."
Bjos
Boa noite
E os sôfregos (do ouro) como porcos continuam vivos e ávidos...
Excelente poema, parabéns.
Caro Veiga, o meu desejo de um BOM ANO NOVO, extensivo à família e amigos.
Abraço.
Ficaram sem dedos os vampiros do saque mas, mesmo assim, há reincidência no vicioso crime.
Bom ano, caro Poeta.
Meu Amigo
Um mundo, um paraíso perdido. Muitas vezes surpreendo-me a pensar e a avaliar o espanto e o sofrimento desses povos perante a ganância e a falta de sensibilidade desses estranhos que lhes apareceram para a sua desgraça.
Um poema, um hino ao não-esquecimento. Estejamos todos atentos para que no presente e no futuro não se repitam barbaridades desse calibre.
Abraço
Olinda
E estes conquistadores bárbaros... cada vez são mais... e barbaridades praticam como alienados de valores, que são... matando o que se é... em nome do que se tem...
Mais um trabalho fantástico, que tanto nos oferece para reflectir! E que certamente permanecerá actual, num futuro a longo prazo... pois, às vezes há futuros... que se fazem eternamente presentes... a ganância, parece fazer fazer da génese humana, ao longo dos tempos...
Beijinho
Ana
Como adorei este poema! !...
Preciosidade, meu amigo!
Beijo.
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