sexta-feira, outubro 04, 2019

PRADARIAS NUAS


Acendem-se brisas
E amanhecem potros.
Pradarias
Nuas  

Declive dos seios
E a geometria
Reclinada
Das coxas.

Grutas. Abruptas
Veredas líquidas.
E as línguas.
E as bocas.

Crepitam os corpos.
E o cio inaugural
Dos dias….

Manuel Veiga




4 comentários:

Jaime Portela disse...

Parabéns pela excelência deste poema.
Um bom fim de semana, caro Veiga.
Abraço.

Teresa Almeida disse...

As pradarias abrem-se a pautas onde se inscrevem belas e eternas melodias. E o vídeo insere-se nas imagens que o poeta, brilhantemente, tece.

Beijo, meu amigo Manuel Veiga.

Teresa Almeida disse...

O vídeo pertence à publicação anterior. É que li os poemas com sequência poética e musical.

Olinda Melo disse...


Pradarias, espaço de respiro de liberdade
onde a alma e o corpo poderão aspirar
a dias claros.

Excelente Poema, meu amigo.
Adorei.

Abraço

Olinda

ESCULTOR O TEMPO

Escultor de paisagens o tempo. E estes rostos, onde me revejo. E as mãos, arados. E os punhos. Em luta erguidos…  S ons de fábrica...