sábado, novembro 23, 2019

INVENÇÃO MINHA...


As palavras, meu amor
São apenas insónia
Um rumor mudo
E a flor selvagem
Com que enfeito
Teus cabelos...

Para além delas
E das suas cinzas
Existe uma chama
E esta coisa estranha
De saber-te
Como se foras
Invenção minha...

Manuel Veiga



11 comentários:

Larissa Santos disse...

Um poema sublime :))

Hoje : O teu respirar ainda preenche o meu peito

Bjos
Votos de uma óptima noite
Bom fim-de-semana

Ailime disse...

Boa noite Manuel,
Uma "invenção" poética muito bela.
Adorei o poema.
Um beijinho e excelente fim de semana.
Ailime

Elvira Carvalho disse...

Um belíssimo poema.
Abraço e bom domingo

" R y k @ r d o " disse...

Entrei e, deixei-me fascinar pelos poemas aqui expostos. Sem dúvida poemas ilustres e magistrais. Fiquei seguidor e linkei no pensamentos

Bom domingo

Olinda Melo disse...


Manuel Veiga "humanizado", mais perto de nós, sentindo-o envolvido nas palavras que gostamos de ouvir. Um Poema de Amor, ousaria dizer, num estilo devotado e numa invenção de que gostaríamos de fazer parte.

Devo dizer que li no seu "Desfile dos Dias" um Poema deste tipo. Referi-o no Xaile de Seda quando falei da obra. Tanto este poema como o outro emocionaram-me, deixando-me com uma "lagriminha no canto do olho".

Abraço

Olinda

Olinda Melo disse...

Leia-se "Perfil dos dias"

Peço desculpas.

Abraço

Olinda

Graça Pires disse...

Tão cúmplices as palavras com quem quer falar de amor…
Belíssimo, meu Amigo!
Uma boa semana.
Um beijo.

Teresa Almeida disse...

E a invenção entranha-se como se mulher fora poesia pura. E o detalhe da flor selvagem é um toque que aos iluminados pertence.

Beijos, meu amigo Manuel.

Ninfa Azul disse...

Un hermoso poema,es un placer leerte tus palabras profundas, bellas
Buena semana. Abrazo

Tais Luso de Carvalho disse...

Tão lindo poema, meu amigo, deixando transbordar sentimentos ternos, e como Olinda disse tão bem, o poeta "Manuel humanizado, mais perto de nós"!
Bonito demais. Aplausos!
Beijo, uma ótima semana.

José Carlos Sant Anna disse...

Aqui eu gosto do papel atribuído às palavras para o ato criador. São elas no ato da criação que dão este requinte lírico e, ao mesmo tempo, se apreende a força do campo semântico. Por meio dele se chega a essa atmosfera, enquanto o poeta, pelo ato criador, descobre a si mesmo ao descobrir o Outro.
E a música de Nina Simone é uma travessia!
Um abraço, meu caro poeta

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