Desprendem-se
as palavras
Como
frutos em púberes mãos
E
delas colhemos
Licores.
E essências.
E
sorvemos
A
passagem
Das
horas.
O
tempo é esta espera
E
a vida suspensa
E
a macia pele
E
a memória
Em
combustão
A
desenhar
A
avidez
Dos
corpos.
E
a metamorfose
Dos
dias perecíveis.
Manuel
Veiga
10 comentários:
Saudações amigas
.
Mais um poema de esplendor. Lindo de ler
.
Votos de Paz, Saúde, Amor
"O tempo é de espera" Tudo dito!
-
Tudo se recomeça...
-
Beijos. Bom fim de semana!
Muito, muito bom! Como sempre, Poeta!
Beijinho.
Oi Manuel!
Que coisa linda.
Valeu a leitura.
Abrçs
Muito bom amigo. Costumo dizer que a vida é como os alcatruzes da nora. Ora estão em cima, ora no fundo do poço. E neste momento estão bem lá em baixo. Mas a nora roda e vamos voltar lá a cima. Tenhamos esperança.
Abraço e cuide-se
Tenhamos confiança no poder do tempo.
Gostei muito do poema.
Dias de esperança!
As palavras, são sempre elas a tentarem dar nome aos sentimentos... Mas a memória, é na memória que tudo acontece outras vezes e não nas palavras.
Um poema-pomar onde podemos colher o que nos toca à alma e apetece.
Belíssimo!
Abraço.
:)
Nessa espera, o valor das sensações vividas se enaltece
e rege os dias que transcorrem, a um tempo, lentos e
velozes.
Fruto de circunstâncias e contingências que conhecemos,
esta vida suspensa encontrará forma de fazer renascer
na nossa memória momentos que agora nos parecem
irrepetíveis.
Poema belíssimo, caro Manuel Veiga.
Abraço
Olinda
Tuas palavras desprendem-se e entram em combustão na avidez de vida plena. E são licores e essências que colhemos em tempo de espera.
Belo, muito belo, caro amigo Manuel.
Beijo.
Esta "Ode to Joy by Ana Rucner Cello" é pura emoção.
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