1.
Acendem-se brisas
E amanhecem potros
Pradarias
Nuas.
Grutas. Abruptas.
Veredas líquidas.
Planuras…
E o tropel
Das bocas…
2.
Simulacro dos corpos
E
apenas um corpo arde
Chama na polpa
Dos dedos sobre
A pele
E
círios em flor
Sobre
os altares
Em
fervor
De
lábios
E
sede
……………
E todos os cristais
Acesos.
Manuel Veiga
10 comentários:
Boa tarde Manuel,
Um poema belíssimo em que as metáforas tomam corpo em magníficos movimentos de arte poética.
Um beijinho,
Ailime
Pura sedução poética que gostei de ler
.
.
Cumprimentos
Podemos dizer o mesmo de muitas maneiras, ma há quem conheça - a fundo - o poder e a chama da palavra. E os cenários são de surpreendente criatividade.
Beijinho, amigo Manuel
Gostei :)
*
Pensamentos confinados...
*
Beijos, e uma excelente noite
A elegância da escrita desses versos não tem limites, né meu amigo? É sua marca, a altives e elegância com que manipula as palavras na formação dos versos. Gostei muito!
"Grutas. Abruptas.
Veredas líquidas.
Planuras…"
Beijo, Manuel. Um bom fim de semana!
Mais um brilhante poema.
Onde o talento está bem aceso.
Bom fim de semana caro Veiga.
Abraço.
Sempre com uma forma de dizer que deixa ao leitor
o poder de interpretar o percurso que as palavras
induzem.
Na criação desse mundo meio sagrado meio
pagão encontramos técnica e emoção, que se aliam
harmoniosamente.
Grata por estes belos momentos de leitura poética.
Um abraço, Manuel Veiga.
Olinda
Que bela contenção discursiva, meu caro poeta. Apenas três verbos acender, amanhecer e arder e uma bela pulsão erótica que arrasta o leitor para a reciprocidade dessa relação. Só aplausos para quem sabe o que diz e como dizê-lo!
Ah! E Binoche? Basta vê-la em repouso sob a a luz.
Forte abraço, meu caro poeta!
Palavras dançantes, plenas de significação...
Beijinho
Neste momento preciso
Resta-me sonhar com isto
E será um poema de sonho
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