Falam - me estes dias de suaves sortilégios
quando os olhos sorriem na ternura de um afago
e teu regaço, Mãe, em altar e refrigério...
Não havia profusão de cores . Nem artifício
Tudo se resumia a singeleza de teus dedos
Ajeitando o musgo sobre a pedra
e a imaginada Gruta onde construías o milagre
Aninhando se em mim... Deus menino!
(Que o outro menino era apenas pretexto
Natal que tu não sabias, então, mãe, mas eu sei
Hoje)
E a mãe celeste era amorável devoção
com que enfeitavas o caminho. E deitavas
nas palhinhas o meu olhar deslumbrado
e o doce encantamento...
E a liturgia Imaculada do presépio!
E esta eterna dor da ausência. E tua presença
iluminada que pressinto em cada passo.
Manuel Veiga
in “COREOGRAFIA
DOS SENTIDOS”
4 comentários:
Esplêndido poema, como não poderia deixar de ser.
Um abraço, Manuel!
Suaves sortilégios, neste amorável poema.
Tão lindo e cheio de ternura, neste Dia
dedicado às Mães e, em especial, à sua Mãe.
E a ausência faz-se presente.
Abraço, Manuel Veiga.
Olinda
Obrigado, meu caro
por este tão belo momento
Abraço
Graças e parabéns pelo poema!
Te abraço
Enviar um comentário