vão secos e dolentemente atonais os rios
da minha infância – e eu com eles!
fio de água e vara do tempo
a marcar as horas
pelo ponteiro das sombras
na espera que a noite tombe
e que venha o canto da ave
que se solta sempre
ao anoitecer…
sábios os que suavemente
adormecem com a alegria
dos faustos dias
e das rosas
que pouco vivem
mas são eternas …
Manuel Veiga
2 comentários:
Poema deslumbrante que me fascinou ler.
Feliz fim de semana
Anoitecemos todos, Manuel Veiga.
De preferência, bem acompanhados
seguimos o rio da vida até à foz.
Das rosas sabemos tudo. Enquanto
vivem conservam o seu perfume.
Um abraço.
Olinda
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