Os olhos vendados são o limite da língua
E a levitação do corpo
Nada perturba o
território
Nem a música de
teus dedos
Na periferia, nem a
uterina fala
Do silêncio…
Tudo o que passa
são tuas mãos apenas
Acordes íntimos a
romper a pele
E a conter a
explosão orgástica
E a devolução da matéria
sísmica
Na leveza da agitação muda…
O tempo claudicou.
Como a língua
É um suspiro breve
ou um vagido
E ondas do corpo a
atiçar o falo
Galera em que
viajo no sopro
De teus castos
dedos…
E teu irónico sorriso!...
Manuel Veiga
16.08.2023
1 comentário:
Boa tarde Manuel,
Magnífico poema em que as belas metáforas esculpem o erotisno com delicadeza.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
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