Desprendem-se as palavras
Como frutos em púberes mãos
E delas colhemos
Licores. E essências.
E sorvemos
A passagem
Das horas.
O tempo é esta circunstância
E a vida suspensa
E a memória
Em combustão
A desenhar
A avidez
Dos corpos
E a metamorfose
Dos dias perecíveis.
Manuel Veiga
in "Coreografia dos Sentidos"
Edição MODOCROMIA
2 comentários:
O tempo é circunstância e não mais que isso. E, no entanto, é tudo. Nela as palavras tomam esse sabor licoroso e mágico, dependendo das leis da vida e
de momentos fortuitos.
Belo poema, Manuel Veiga.
Abraço
Olinda
Excelente poema.
Abraço e saúde
Enviar um comentário