terça-feira, outubro 01, 2024

A CARTA QUE NUNCA TE ESCREVEREI


Uma carta que a memória guardou no cofre das emoções.

Sem resguardo. Antes, com a desenvoltura das palavras presas numa sensualidade sentida ao sabor dos parágrafos descritivos, numa viagem ao futuro do antes, do agora, do que sempre o escritor escreve   do que, sendo ficcionado, foi sentido, pressentido, ou não.

Ou apenas um sério fascínio pelo corpo desejado.

Uma carta antiga para a moderna idade dos que amam e se projetam em cada palavra nua.

Um dizer envolvente. dizer de pontes e de atravessamentos que nos leva num selo imagético a caminho de um agora, presente, novo e acutilante.

Este é um registo que se cola e cala.

Uma carta registada com aviso de receção em que o Manuel

Veiga nos cativa e convoca a “sim, escreve-me, lendo-me”,“recebe-me e traduz-me”.

Somos a memória dos sentimentos sentidos.

Somos assim com  o autor, Manuel Veiga.

 

Isabel Mendes Ferreira

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A CARTA QUE NUNCA TE ESCREVEREI

Uma carta que a memória guardou no cofre das emoções. Sem resguardo. Antes, com a desenvoltura das palavras presas numa sensualidade sentida...