Tudo
na vida é perecível, Lydia.
E
nós com ela. Repara que até o voo do milhafre
Se entardece.
Deixemos, pois, que a tarde tomb
E
a noite seja. Que nos importa qu o amanhã
Amanheça
sol. Ou que seja nevoeiro
Ou
sombra.
Nem
por isso deixarei
De
sentir a suavidade de teu cabelo
Em
minha face.
Nem
de sorver o beijo
Que
guardamos. Nem os ecos.
Colhamos
o perfume, Lydia. Apenas.
E
amaciemos o fervor (e o furor)
E
não desejemos mais
Do
que a vida quer…
E
estejas onde estejas, ambos seremos
Mesmo
não sendo…
Manuel Veiga
3 comentários:
É assim ,mVeiga
'não desejamos mais do que a vida quer...'
e seremos 'mesmo não sendo.'
Adorei , como sempre adoro! Abraço
Seremos, mesmo não sendo...
O que importa é o que desejamos na resiliência das nossas vidas.
Belo poema, para essa Lydia felizarda. Nao só tem Ricardo Reis a mimá-la como também o grande poeta Manuel Veiga. :)
Gostei muito.
Abraço
Olinda
Que poesia mais linda e tocante. Após anos de afastamento, retornando aos blogs. Feliz por ter te reencontrado. Muita luz e paz. Uma ótima noite
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