segunda-feira, setembro 22, 2025

A COR DO SONHO NA PALETA...


colhe o poeta a cor do sonho na paleta

com as nuvens sobre a esfera onírica, porém presa

e na nesga rasgada sem saber se sai ou entra

o mar ao longe...

 

advinham-se corpos irreais em transparência

reclinados sobre colchas sem memória

como sombras pressentidas na luz imensa

que o dia clama...

 

talvez crianças caprichosas ou velhos faunos

desfaçam a cortina ou a subtil brisa os descubra

desnudados sem culpa ou sem remorso

bárbaros e puros...

 

talvez deste lado da paisagem onde beijos correm

como ondas e os dedos do poeta se deslaçam

o azul capriche no tempo breve e em suave tarde

apenas os corpos reinem...


Manuel Veiga

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A COR DO SONHO NA PALETA...

colhe o poeta a cor do sonho na paleta com as nuvens sobre a esfera onírica, porém presa e na nesga rasgada sem saber se sai ou entra ...