São as ausências um perfume
Evanescente. Anoitecer
das camélias
À margem do mundo…
Música de fundo. Ou apenas
Um acorde jazz. Lancinantes
notas
No desalinho do sax…
Ou abandono dos dedos
E a página aberta. A alma
absorta
E um livro tombado...
Manuel Veiga
6 comentários:
Maravilhoso :))
Bjos
Votos de uma óptima Terça - Feira
Ausências desenhadas nas paredes brancas. Por vezes custa muito.
Tenho andado um pouco ausente, ausente dos blogs, ausente no livro há tempos começado e parecendo esquecido na mesa, ausente de visitas que deveriam ser feitas: são ausências, mas não inquietas, necessárias apenas e por um bom motivo; não doem estas ausências, mas há outras, amigo, aquelas definitivas, involuntárias que doem muito, muito e que não voltarão a ser presenças. Sei que um novo livro vai sair e, pelo que li dele aqui, será muito bom. Espero que seja um sucesso e que na " festa " de lançamento não tenhas muitas ausências a lamentar, Boa sorte, amigi! Beijinho e boa noite
Emília
São os livros que nos deixam absortos e nos levam em inesperadas viagens.
E um acorde de jazz acompanha e acalenta.
E as palavras começam a fluir...
E cumpre-se o poema.
Excelente ausência, meu amigo Manuel Veiga!
beijos.
Olá, Manuel Veiga
Gosto desse abandono,languidez quase, e, imagino, os acordes que o sax vai desalinhando/alinhando nas suas improvisações, conforme o momento e as sensações. Gosto deste poema curto e contido que deixa adivinhar outros mundos e outras vidas, convidando o leitor a completá-lo, recorrendo às suas próprias vivências.
Abraço
Olinda
Vezes em que as ausências são mesmo sutis, como os perfumes que espalham seus aromas devagar e suavemente...como sutis são as melodias do jazz que adentram nossa alma...ambos motivos de versos rabiscados nas folhas brancas dos livros...
Boa noite, meu amigo.
Genny
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