terça-feira, novembro 23, 2021

PUNHAL DE GELO...


Palavras cortantes. Na manhã baça

Soberbas! E parcas. Punhal de gelo

Nas costas – como facas…

 

Frios os dedos no enredo.

Atónitos. Colhem a flor do gelo

E destilam mentais venenos

 

A pele macia. E nudez fria.

Se derrete – negados os dias faustos!

 

Que, venham, pois, todos em bando

Mascarados – chibos e veados!

Brutus – dizem-me – é cão capado!...

 

Manuel Veiga

 

8 comentários:

São disse...

Breve , incisivo e claro, como eu muito aprecio..

Meu amigo, te abraço!

" R y k @ r d o " disse...

Como sempre, lindíssimo de ler
.
Um dia feliz … abraço
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

Rogério G.V. Pereira disse...

Li
com uma atenção quase religiosa

(visita assídua
comentário raro
Fica este
como prova de ter
estado presente)

Marisete Zanon disse...

E assim tem que ser o poema: visceral.

Maria Rodrigues disse...

Palavras profundas e cortantes num belíssimo poema.
Beijinhos

Elvira Carvalho disse...

Forte, duro e muito belo.
Abraço, saúde e boa semana

Juvenal Nunes disse...

Intimidante poema de intrínseca frieza.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes

Graça Pires disse...

Palavras cortantes que sangram na sensibilidade do poema.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.

CELEBRAÇÃO DO TRABALHO

  Ao centro a mesa alva sonho de linho distendido como altar ou cobertura imaculada sobre a pedra e a refeição parca… e copo com...