Nem
Reino nem Glória
Apenas
os passos cansados e a poeira
Dos
caminhos. E o reluzente rubi
A
brilhar por entre os dedos …
O salgueiro ali permanece. Como sempre
Mas
outro. A oferecer sua sombra. E o rio
Agora
seco, em cascatas de memória.
E
o freixo. E o canto do melro
A
agitar-se em cio.
À
porta da Tabacaria
(e a comer chocolates, está claro!)
E
também a inamovível pedra
Em
que me sento…
Que me importa a mim a verdade
Ou a mentira?
Verdade e mentira passam…Tudo passa…
Apenas a reluzente pedra me interessa
Que venha então a gargalhada dos deuses
E
a última jogada! …
Manuel
Veiga
3 comentários:
Que show de poema, meu amigo!
Muito bom ler você!
Sim, tudo passa, e pensando sobre isso,
é bom por um lado e ruim pelo outro,
e assim tudo acabará.
Mas enquanto vivos, os bons vivem bem melhor,
sem dúvida.
Beijo, um feliz restinho de semana, amigo.
Elas virão, sem dúvida: a gargalhada dos deuses e a última jogada...
Forte abraço, Manuel!
"E tudo passa. Tudo passará..."
A verdade da mentira, inclusivamente.
E a inamovível pedra permanecerá,
sem dúvida. É o que interessa ao
Poeta.
Como sempre, magnífico, Manuel Veiga.
Um abraço
Olinda
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