Na orla o abismo (tudo ou nada)
Onde
se despenha a palavra como águia no deslumbre
Do
voo. Volteio dos sentidos em que se dizem
E
se desdizem em cópula de (im)possibilidades
Ou
rebentação de nascentes. Fecundas todavia
Ainda
que obscuras, por vezes, a exigirem a demolição
Dos
comuns lugares onde desaguam.
Colorida
profusão de sons a estalarem
No
palato, matriz e cúpula.
E
salivas múltiplas
Favos
de amor jurado
Palavras
vernáculas. E bárbaras…
Língua
de pétalas e rosas
Cavalgada
de infinitos
A
abrir-se à voracidade
Do
Tempo
Manuel
Veiga
1 comentário:
"Língua de pétalas e rosas", verso que purifica as palavras vernáculas e bárbaras, trazendo sentido e sentimento ao tropel de emoções que este belo poema nos induz.
Cavalgada de infinitos, em direcção à luz.
Como sempre a admirá-lo, Manuel Veiga.
Abraço
Olinda
Enviar um comentário