domingo, julho 13, 2025

MEMÓRIA DE UM PERFUME


Quero atar a flor da ausência

Em laço azul de seda e nela me amarrar

Cativo ainda.


E beber o frémito do silêncio

Como memória de um perfume

Que à distância inebria...


E quero o murmúrio de um poema

Que nada diga - apenas mágoa! …

E uma cabana abandonada

Que se visita

Em peregrinação

Devota…


Manuel Veiga

4 comentários:

Tais Luso de Carvalho disse...

"'E beber o frémito do silêncio
Como memória de um perfume
Que à distância inebria...

Que lindo, meu amigo!"
Seus versos são inconfundíveis, levam a sua marca,
como se fossem perfume!
Beijo, querido amigo, espero que esteja bem!
Uma boa semana, com muita paz e saúde! 🌹🙋‍♀️🙏

Olinda Melo disse...

Os cheiros e os sabores persistem na nossa memória, recordando - nos momentos especiais.
Este Poema é lindíssimo, amigo Manuel Veiga. Traz encantamento e magia.
Abraço
Olinda

lis disse...

"o murmúrio de um poema '" em casa abandonada
como disse a Tais _ inconfundível, mVeiga
muitos abraços

Maria João Brito de Sousa disse...

esplêndido poema, Manuel!

Um abraço!

COLORIDA GOTA

    Que a palavra venha pois Assim secreta. Colorida gota Que em volúpia se derrama E se retira. Muda.   E em silêncio Se dese...